quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Sono fracionado no pós-parto afeta saúde da mulher

Olá mamães no pós-parto, vejam as dicas para um sono melhor neste período (momento raro) que ajudam na sua saúde e bem-estar.
A matéria saiu no site iG na parte "Delas".
Bom sono!!!


Sono fracionado no pós-parto afeta saúde da mulher
Os prejuízos podem ir de distúrbios de memória e depressão a problemas na produção de leite. Veja dicas para amenizar o problema

Yara Achôa, iG São Paulo | 08/12/2010 09:18


Foto: Thinkstock/Getty Images

Dormir ajuda na amamentação: durante o sono ocorre a liberação de prolactina, hormônio responsável pela produção de leite

É comum a grávida ouvir conselhos do tipo: “Aproveite para dormir agora, porque depois que o bebê nascer suas noites de descanso nunca mais serão as mesmas”. A previsão, em tom assustador, tem um fundo de verdade – especialmente nos primeiros meses de vida da criança. Afinal, a mãe acaba adaptando seus horários aos do filho. E como os pequenos têm um sono polifásico – acordam e voltam a repousar várias vezes ao longo do dia e da noite – ela também entra nesse ritmo e não dorme direito.

“O sono tem diversas funções, como restabelecer o bem-estar físico e mental. Com uma noite bem dormida temos condições de enfrentar as atividades diárias. É durante esse período também que ocorre a consolidação da memória”, explica a ginecologista Helena Hachul, pesquisadora do Departamento de Psicobiologia da disciplina de Medicina de Biologia do Sono da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Uma função específica que acontece durante o sono nas mulheres é a liberação de prolactina (hormônio responsável pela produção de leite). “Por isso a mulher deve dormir bem enquanto estiver amamentando. Até mesmo aproveitar as horas em que o bebê dorme para preservar a produção de leite”, adverte a médica da Unifesp.

Quantidade e qualidade

“O ideal seria dormir de sete a oito horas por noite”, afirma o médico Rubens Reimão, coordenador científico do Departamento de Neurologia da Associação Paulista de Medicina (APM). No entanto, segundo o especialista, existem os “dormidores curtos” (que se satisfazem com menos de seis horas de descanso) e os “dormidores longos” (que necessitam de mais de nove horas de sono).

Leia também:

* Maldita insônia
* Hormônios influenciam o sono feminino
* Pesquisa revela como privação de sono pode desencadear diabetes
* Teste: qual é o seu estilo de sono?

Mas tão importante quanto o número de horas, são a continuidade e a profundidade do sono. Quando ele é fragmentado e não-reparador, como frequentemente acontece no pós-parto, a mulher fica mais sujeita a exaustão física e emocional, irritabilidade, distúrbios de memória, depressão e também pode ter problemas com a amamentação.

“No período pós-parto é importante estar atenta aos distúrbios de sono. E havendo suspeita de algum problema, deve-se procurar um profissional habilitado pra investigar, diagnosticar e tratar o caso da melhor forma possível”, aconselha a médica Helena Hachul.

Felizmente, após o bebê estabelecer sua rotina de sono, algumas semanas ou meses após o nascimento, o repouso da mãe também tende a normalizar.

Dicas para melhorar o sono no período

- Tente dormir enquanto o bebê dorme. O sono é fundamental para a produção de leite

- Faça a última refeição até às oito da noite. Prefira pratos leves e de fácil digestão

- Evite atividade física depois das seis da tarde, mas procure realizar algum exercício prazeroso e relaxante durante o dia

- Tente tirar um cochilo, mesmo que curto, durante o dia: 20 minutos são suficientes

- Reduza a luz ambiente nas horas em que for descansar. Isso ajuda o cérebro a secretar a melatonina, o hormônio do sono

- Antes de ir para a cama, tome um banho morno ou recorra a técnicas de respiração e relaxamento para induzir a um sono mais tranquilo

- Aos poucos vá estabelecendo uma rotina de sono para o bebê. Comece por mantê-lo em ambientes com bastante claridade durante dia, estimulando-o com carinhos e brincadeiras, sem se preocupar muito com o barulho a volta. À noite, faça o contrário: diminua as luzes e preserve o silêncio

domingo, 21 de novembro de 2010

Cinematerna da semana

Campinas

23/11, terça-feira, 14h
Cinemark Iguatemi Campinas
Filme: Minhas Mães e Meu Pai
Shopping Iguatemi Campinas
Av. Iguatemi 777
O bate-papo após a sessão acontece no Havanna Café, no primeiro piso (somente nas sessões às terças).
Sessões quinzenais às terças, 14h e mensais aos sábados, 11h.
Estacionamento nas sessões CineMaterna abonado pelo shopping. Trocar o ticket com uma coordenadora CineMaterna após a compra do ingresso.


Florianópolis

23/11, terça-feira, 14h
Cinemark Floripa Shopping
Filme: Um Parto de Viagem
Floripa Shopping
Rodovia SC-401 3116
O bate-papo após a sessão acontece no Grand Café.
Sessões mensais às terças, 14h.


Fortaleza

25/11, quinta-feira, 13:30h
UCI Iguatemi Fortaleza
Filme: Juntos pelo Acaso
Av. Washington Soares 85
O bate-papo após a sessão acontece no Destino Express, no 2o. andar, próximo à praça de alimentação.
Sessões mensais às quintas, 13h30.


Rio de Janeiro

25/11, quinta-feira, 14h
Kinoplex Fashion Mall
Filme: Senna
Kinoplex Fashion Mall
Estrada da Gávea 899
O bate-papo após a sessão acontece no Crepe Hum, no piso do cinema.
Sessões mensais às quintas, 14h.


São Paulo

23/11, terça-feira, 14h
Frei Caneca Unibanco Arteplex
Filme: Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos
Shopping Frei Caneca
Rua Frei Caneca 569, 3º piso
O bate-papo após a sessão acontece no Scada Café, no próprio cinema (somente às terças).
Sessões quinzenais às terças, 14h e mensais aos sábados, 11h.



25/11, quinta-feira, 14h
Cinemark Market Place
Filme: Minhas Mães e Meu Pai
Shopping Market Place
Av. Dr. Chucri Zaidan 920
O bate-papo após a sessão acontece no Vipiteno Café, no mesmo piso do cinema (apenas às quintas).
Sessões quinzenais às quintas, 14h.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O Papel da Doula Pós-parto: inspirado na experiência de puerpéreo de Brooke Shields

Olá,


Gostaria de apresentar a vocês meu trabalho feito para a conclusão de curso de Doula Pós-parto realizado no Amigas do Parto, coordenado pela psicóloga Adriana Tanese.

Boa leitura!
Beijos,


A chegada em casa com um bebê traz tantas tarefas e emoções que mal dá tempo de pensar sobre os sentimento em relação ao parto. Na verdade estão todos ali, misturados com os hormônios, com as noites mal dormidas e o cansaço, mas não há tempo para refletir conscientemente sobre o que se passou.




Juliana Sell
Psicóloga, Gestalt-terapeuta, Especialização em Psicossomática e Psicoterapia de Grupo na Abordagem Gestáltica



Introdução

Em seu livro, muito sincero e emocionante, Brooke Shields relata o nascimento de sua primeira filha e a grande dor que sentiu no pós-parto. O livro, intitulado “Depois do parto, a dor”, mostra desde a batalha para engravidar, os tratamentos de fertilidade e o aborto espontâneo, a gestação tranqüila e feliz, até o parto difícil com risco de vida e, finalmente, a sensação de indiferença à própria filha. A autora relata como imaginava que seria ser mãe e não conseguia se encaixar na imagem que criou. Não sentia vontade de cuidar da menina, achava-se incapaz e insegura, o choro do bebê não evocava nela nenhuma reação de atendê-la. Chorava muito e tinha pensamentos terríveis. A amamentação era feita automaticamente, mas ela não quis desistir porque era um dos únicos momentos de relação com sua filha.

Tudo estava diferente do que ela imaginou; o amor e as alegrias de ser mãe não tinham chegado, só a culpa e a sensação de incompetência. Demorou um certo tempo para aceitar que precisava de ajuda profissional e que estava com depressão pós-parto. Recorreu a medicamentos e a uma terapeuta. Felizmente, aos poucos, foi voltando a ter energia, seus sentimentos em relação ao bebê foram se modificando e a depressão deu lugar a uma mãe amorosa e cuidadora, sem medo de passar por outra gravidez.

Num dos momentos do livro Brooke conta que contratou uma enfermeira pediátrica. Ela diz que esta mais deveria ser chamada de “enfermeira para a mamãe” (citação livro pg. 102). Nesta experiência vemos claramente o papel importante que a profissional teve na aprendizagem da mãe, nos cuidados maternais de higiene, alimentação e carinho com a mãe, com sua escuta sem julgamento e apoio emocional.

Vou basear minhas reflexões sobre esta profissional, a enfermeira pediátrica, desenvolvendo teoricamente as ações que ela teve, ou que poderia ter tido se contratada antes, e os conhecimentos que supostamente utilizou para prestar apoio e orientações à atriz. No livro, se tratava de uma enfermeira, mas trago esta experiência para a realidade do trabalho da doula pós-parto.


Elaboração do parto

A chegada em casa com um bebê traz tantas tarefas e emoções que mal dá tempo de pensar sobre os sentimento em relação ao parto. Na verdade estão todos ali, misturados com os hormônios, com as noites mal dormidas e o cansaço, mas não há tempo para refletir conscientemente sobre o que se passou.

Na história de Brooke, ela teve um parto bem difícil, foram 24 horas de contrações, de ocitocina e 3 cm de dilatação. Seu sonho de ter um parto vaginal encerrou-se, assim como todas as fantasias de pegar seu bebê no colo antes de cortar o cordão umbilical e dar de mamar. Ela relata as sensações desagradáveis pelas quais passou, a sala fria, o cheiro da cauterização, os puxões para fazer a bebê sair e a dificuldade de retirá-la porque estava envolvida pelo cordão umbilical com três voltas no pescoço e no corpo. Tudo isso foi deixando-a tensa. Mas algo ainda havia de complicar, seu útero estava herniado e foi colocado para fora a fim de ser analisado pelos médicos e começou a perder muito sangue. A decisão do médico foi colocar o útero de volta e esperar 48 horas antes de decidir por uma histerectomia. Ao mesmo tempo que nascia seu bebê, a atriz temia por sua vida e pelo seu útero.

No caso da doula pós-parto, independente do tipo de parto que a mulher teve, sempre é importante conversar sobre como foi a experiência dela e ajudá-la, com sua escuta sem julgamento, na elaboração. Especificamente com a situação apresentada, a doula poderia ter sido de grande importância já nesses primeiros momentos do puerpério. A mãe estava visivelmente assustada com o parto, seja pelo fato de não ter se preparado para a opção cirúrgica, como pelas complicações que foram acontecendo. A doula pós-parto podia ter conversado com ela sobre tudo que lembrava, deixando-a falar abertamente das sensações, cheiros e medos que sentiu durante o parto. Cabe ressaltar que a diferença entre a fantasia do parto e a realidade do próprio pode deixar a mulher cheia de frustrações. Ao mesmo tempo que se ouve os relatos, a postura da doula precisa ser de acolhimento e maternagem, sem julgar ou interferir. É um momento de expressão das emoções que não tiveram a chance de serem faladas antes.


Suporte para a mãe

A atriz relata como seu pós-parto foi difícil em vários momentos, para não dizer todos. Ela saiu do hospital depois de 5 dias de internação, sentiu muita dor, estava exausta, o intestino não funcionava e mal conseguia amamentar sua filha. Junto a isso, alternavam-se nela indiferença, melancolia e tristeza, sem dar lugar à alegria de ter tido seu bebê.

Num pós-parto normal acontecem muitas mudanças físicas e emocionais, numa cesárea somam-se as dores decorrentes dos cortes internos e externos. O útero está voltando lentamente ao seu tamanho e pode-se sentir dor durante as mamadas por causa da ocitocina sendo liberada, que é também responsável pelas contrações uterinas, evitando sangramentos. A bexiga está distendida e a anestesia causa uma falta de sensibilidade nos primeiros momentos. O intestino fica “preguiçoso”, podendo passar até 7 dias sem evacuar. As mamas podem ficar doloridas pela descida do leite. Sem contar com a queda hormonal. Do ponto de vista emocional, a mulher pode sentir o peso da responsabilidade de ser mãe, a falta de experiência deixando-a assustada e sentindo-se incompetente. Sua auto-imagem pode ficar abalada (se ela der muito valor à sua aparência física), e existe ainda uma labilidade de emoções que só confundem a puérpera.

Sabendo de tudo isso, a doula pós-parto tem um papel importante Além da ajuda prática e de orientações sobre o aleitamento materno e os cuidados com o bebê - que veremos mais adiante - a doula cuida do conforto da mãe e lhe dá suporte emocional nesses primeiros dias do pós-parto. Na prática, fica atenta se a mãe está se alimentando, de preferência em intervalos pequenos e com alimentos saudáveis e nutritivos. Oferece ajuda para cuidar do bebê quando a mãe come, por exemplo, ou durante a preparação de alguma refeição. Também a lembra de hidratar-se. A doula pós-parto pode ainda ajudar a mãe na ida ao banheiro e na hora do banho, principalmente quando é o caso de cesárea quando a mulher necessita de suporte físico para levantar-se e fazer sua higiene (colocar e tirar a roupa, secagem, etc). A doula pós-parto também fica atenta na organização da casa, podendo sugerir locais de mais conforto para a mãe. É ela também que pode conversar com o companheiro sobre seu papel de proteger a mulher e evitar interferências externas, já que não é o papel da doula fazer a mediação com o resto da família. Nessa conversa, é interessante ressaltar que o homem é muito importante como continente emocional e é preciso que ele entenda um pouco sobre as reações no período puerperal a fim de que ele tenha empatia com esse momento delicado de sua mulher.

Um outro aspecto do trabalho é o suporte emocional. Numas das passagens do livro, Brooke Shields fala da sua experiência com a enfermeira pediátrica e de como esta foi uma presença calmante para ela mesma. A enfermeira ouvia os mais diversos pensamentos da atriz sem se assustar ou julgá-la, mas encorajando-a no seu papel de mãe, era carinhosa e lembrava a atriz que ela tinha de fato passado por momentos difíceis e que teria um tempo para se recuperar de tudo. No livro, a autora procurou ajuda profissional de uma terapeuta ,depois de algum tempo, quando finalmente ouviu o conselho de amigas. Num trabalho de doula no pós-parto, caberia a esta profissional perceber seu limite e encaminhar a mulher para um psicoterapeuta quando percebesse que esta precisa mais do que um apoio.


Aleitamento materno

Brooke Shields conta que o início da amamentação foi complicado. Ela tentava colocar seu bebê no seio, mas não acertava a posição. O marido tentava ajudar e isso a irritava mais. Na maternidade, uma profissional lhe disse para esquecer tudo o que tinha aprendido no curso de gestantes, porque iria orientá-la de outra forma. Em casa, ela continuou com algumas dificuldades, embora já conseguisse acertar a pega de maneira melhor. Com a enfermeira pediátrica, Brooke aprendeu maneiras de acalmar o bebê quando não conseguia mamar direito. Isso lhe deu segurança para a amamentação e de fato a bebê foi pegando o seio cada vez melhor.

A amamentação é um processo que parece natural e simples aos olhos alheios, mas nem sempre é tão fácil para quem amamenta. Muitas vezes, é necessário apoio e orientações práticas para que mãe não desista e possa sentir-se bem no ato de amamentar.

No caso relatado, a doula pós-parto poderia ter atuado desde os primeiros dias mostrado a maneira correta de posicionar o bebê e levando em conta o conforto da mulher, já que com a cesárea há ainda dificuldade das dores abdominais. A doula ajudaria a escolher um sutiã adequado, uma posição para que ombros e braços fiquem relaxados, o bebê encostado de barriga com a barriga da mãe e com a boquinha bem aberta (de peixinho) para pegar a aréola e não só o bico do seio. Ela mostraria como se faz a ordenha manual, para esvaziar um pouco os seios antes de oferecê-los ao bebê (se estiverem cheios e duros), como limpar os seios com leite materno e depois secá-los. Falaria sobre a importância de dar de mamar sempre que o bebê desejar, e exclusivamente até os 6 meses, não utilizar bicos ou mamadeiras para não confundi-lo. Conversaria a respeito de oferecer o segundo seio somente após ter esgotado o primeiro. Além disso, o fato da doula estar presente na casa e disponível para orientações e apoio, já é um fator que tranqüiliza a mãe, favorecendo o aleitamento materno.


O bebê

No livro a autora coloca que a profissional que a acompanhava lhe ensinou a interpretar os comportamentos da filha e a acalmá-la com carinhos, cuidando dela quando a mãe descansava ou tomava banho. Esta pessoa sempre agia não para substituir a mãe mas, ao contrário, aproximá-la da filha.

No caso de uma doula pós-parto, a função é semelhante. Geralmente, se orienta sobre os cuidados básicos com o bebê, ajudando a mãe a sentir segurança e a confiar nos seus próprios instintos. Assim, ela também estará preparada para ouvir os muitos palpites que virão de familiares e amigos.

Em relação ao banho, a doula ensina a fazer a higiene com água morna e fraldinha de pano até que caia o umbigo, o qual precisa ser higienizado a cada troca de fraldas com álcool a 70%, tapando os genitais com uma fraldinha ou gaze para que o produto não escorra neles. A gaze é passado sobre o coto e se tiver alguma sujeirinha é só usar um cotonete. Após a queda, se dá o banho na banheira, sempre experimentando a água com o cotovelo para verificar a temperatura. Se for preciso, iniciar colocando a água fria e ir acrescentando a quente aos poucos. Para evitar atrapalhações, é interessante separar tudo que se vai usar com o bebê antes de iniciar o banho (fraldas, roupinhas, meias, toalhas, sabonete neutro etc). No caso de fezes é melhor limpar bem os genitais antes de começar o banho. É possível que o bebê chore ao tirar a roupa, então se começa a dar o banho lavando a cabeça sem tirar a sua roupa, depois o envolve com uma fralda de pano e o deixa bem apertadinho e, segurando seu bracinho, vai colocando na banheira com carinho e conversa. Para secar pode-se usar uma fralda de pano e uma toalha envolvendo toda a criança.

A mãe sem experiência pode precisar aprender a trocar as fraldas, a fazer massagem para cólicas, a colocar para dormir nas posições seguras, a acalmar os choros e a aprender um pouco sobre a realidade de um recém-nascido. Além disso, poderá também ser informada sobre as necessidades emocionais do bebê.

Um bebê nasce após muitos meses num lugar com barulhos do batimento cardíaco da mãe, da movimentação intestinal e apertadinho, no qual em parte de seu tempo se movimenta. É por isso que, contrário do que diz muita gente, o bebê gosta de estar no colo, tendo uma continência para seus movimentos reflexos e ouvindo alguns ruídos do corpo da mãe e sua voz. De fato, ele precisa ainda sentir o acolhimento uterino. Pode haver luz do dia, mas nada forte. Seu lugar predileto é no colo de sua mãe e perto de seus seios, com o cheirinho que conhece e os sons do coração que o acompanhou nos seus nove meses.

Quanto ao choro, a doula pós-parto vai sugerir que não se deixe um bebê chorando sozinho, mas deve-se sempre procurar pegá-lo no colo e embalá-lo cantando, de forma que se sinta acolhido e seguro. Também é bom saber que mesmo com as necessidades satisfeitas, fraldas limpas, temperatura adequada, alimentado, o bebê pode mesmo assim chorar. Algumas vezes pode ser por causa das cólicas, outras só como expressão de cansaço, tédio ou algo que só sabe expressar pelo choro.

O apoio e as explicações ajudam a mãe a tranqüilizar-se, evitando sensação de fracasso quando não consegue acalmar seu filho. Ela pode ficar cansada ou irritada nesses momentos e conversar sobre isso é sempre muito válido. O fato desses sentimentos surgirem não invalidam o amor que ela sente pelo bebê. Por isso, os cuidados com a mãe são fundamentais para que ela, sentindo-se cuidada, tenha mais paciência com seu bebê. Afinal, a relação entre ambos é tão próxima que o estado emocional de um afeta o outro, e a mãe tem a responsabilidade de procurar ajuda e encontrar formas de se reequilibrar.

Se a doula pós-parto tiver conhecimentos de massagens é outra orientação bem-vinda para ser usada com a nova mãe. Na massagem se estimula os músculos, a auto-imagem corporal e intestinos, sem contar a emoção positiva que envolve este carinho dirigido. No caso da filha de Brooke, que veio ao mundo pela cesariana, a massagem teria mais importância ainda porque resgataria a estimulação cutânea que não houve na passagem pela vagina durante o parto. Para elas - mãe e filha - seria também um momento de aproximação sem o estresse dos cuidados diários. O pai poderia entrar nessa relação ajudando com o banho do bebê e aproveitando esse momento de intimidade familiar.

Pouco se falou do pai até agora, não porque ele não tenha importância, mas foi pelo fato de a doula estar mais atenta às necessidades da mãe. Cabe dizer que o pai também pode participar dos cuidados com o bebê, aprender junto e ser orientado na forma de ajudar a mulher na amamentação e em outras necessidades.


Depressão, baby blues e outras tristezas

O livro da atriz Brooke Shields tem seu enfoque maior na depressão pós-parto. A própria expectativa de ficar grávida mediante tratamentos de fecundação já vale a nossa atenção redobrada. A ânsia por um filho e as frustrações no caminho vão idealizando um bebê que não existe. Além disso, no caso da atriz, somou-se o fato do parto não ter sido o planejado e ainda ter tido complicações bem sérias, deixando-a fatigada e temendo pela própria vida num momento que se imagina ser só de alegrias. Acredito que tudo isso foi um pano de fundo bem fecundo para desenvolver uma depressão.

A doula pós-parto não é uma profissional para tratar de uma depressão, mas pode, em alguns casos, ajudar a evitar em casos mais leves ou detectá-la precocemente e sugerir ajuda adequada. Ter uma doula em casa nos primeiros dias contribui para desmistificar algumas idéias a respeito do bebê perfeito e da mãe ideal. Os bebês são lindos mas choram, acordam muitas vezes durante a noite e nem sempre se acalmam de imediato. As mãe são carinhosas (vamos imaginar que sejam sempre!), mas ficam cansadas, tristes e desanimadas com a tarefa materna, inclusive com vontade de fazer outras atividades, confusas e com sentimentos diversos em relação à maternidade. Poder conversar com outra mulher-mãe que teve experiência própria e também é uma profissional, ajuda a tirar o peso de sentir tudo isso sozinha e sem coragem de expressar aos mais íntimos por receio de ser incompreendida e julgada.

A passagem de grávida à mãe nem sempre é fácil e por si só pode levar a uma tristeza. Trata-se de um passagem de papéis, onde se deixa para trás uma parte da vida e se começa uma nova etapa, rumo ao desconhecido mundo da maternidade. Como aconteceu no livro, pode ser uma passagem difícil e levar à depressão. Mas nem sempre é assim. Cabe à doula poder falar com naturalidade sobre essas tristezas do pós-parto. Como sendo parte de um momento de reflexão e de mudança que pode passar e dar lugar a uma mulher fortalecida e mais consciente. Porém, se esse estado persistir por semanas, ou ter mais agravantes, vale a pena sugerir um outro profissional.

Conclusões

Acredito que diante de todo o exposto, o trabalho da doula pós-parto pode ser resumido como o de uma profissional que se relaciona de mãe para mãe com conhecimentos empíricos e técnicos ajudando a mulher em sua apropriação do novo papel. Com seu jeito maternal, a profissional contribui para que a mulher desenvolva em si mesma os aspectos necessários para cuidar bem de seu filho. Sendo cuidada e compreendida, a mãe se espelha e aprende a cuidar e ouvir as manifestações do bebê. Mais do que orientar e ditar verdades, a doula pós-parto deseja que a mãe sinta-se segura e confie na sua percepção e intuição, pois uma mãe tranqüila sabe tomar decisões mais acertivas e saberá escolher melhor entre as várias formas de cuidar de uma criança.




Bibliografia *

DREXLER, Marisa- Consignas para realizar El Toque Eutónico AL bebé.

Departament of women and infants. The Ohio State University Medical Center .2002

DÍAZ, Beltrán L. - Postparto normal y postpartode cesárea. El puerperio.

DÍAZ, Soledad - El período postparto, Instituto Chileno de Medicina Reprodutiva.

KAPLAN, Frida - Contacto Conciente

NOGUEIRA, Adelise Noal - O pós-parto imediato

NOGUEIRA, Adriana Tanese- Depressão pós-parto

RODRÍGUEZ, Carlos González (marzo 2002)

SOLTER, El valor Del llanto -1996.

VERGANA, Maria - La doula y su incersion em La família.

SHIELDS, Brooke. Depois do parto, a dor: minha experiência com a depressão pós-parto. São Paulo, Prestígio, 2006.

La piel Del recien nacido : www.mepediatra.com

Textos e trocas entre professoras e alunas do curso Doula Pós-parto - março a julho de 2010.

* As referências estão incompletas porque são artigos apresentados no curso de Doula Pós-parto.

Juliana Sell é psicóloga e doula na gestação e pós-parto. Clique em seu nome para ver seu perfil na nossa página dos Profissionais Amigos.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Mamadeiras e cia: cuidados com o material tóxico

Olá,

Vejam a matéria que saiu no site consumidor RS sobre as substâncias tóxicas presentes em muitas mamadeiras. Quem amamaneta sabe que o bebê está bem melhor com o seio e sem chupetas. Mesmo assim é interessante saber sobre o assunto porque pode incluir copos plásticos também.



18/10/2010

Projeto quer proibir mamadeiras com substância cancerígena
Mamadeiras, chupetas e recipientes plásticos que contenham a substância bisfenol-A, componente químico cancerígeno, podem ter a comercialização proibida

Mamadeiras, chupetas e recipientes plásticos que contenham a substância bisfenol-A, componente químico cancerígeno, podem ter a comercialização proibida. A proposta do senador Gim Argello (PTB-DF) se baseou em estudos das universidades de Columbia, Oxford e Illinois. "No Canadá, Dinamarca e em Costa Rica as indústrias já foram proibidas de fabricar mamadeiras com esse tipo de substância. Na França, o Senado aprovou a proibição em caráter provisório e nos Estados Unidos o bisfenol-A já foi proibido em dois estados", afirmou o senador.

No Brasil, segundo Argello, não existe proibição à fabricação e comercialização de produtos com o bisfenol-A e o componente continua sendo usado como a matéria-prima de plásticos duros. O projeto de lei 159/2010 está em tramitação no Senado e, se aprovado, segue para última votação na Comissão de Assuntos Sociais.

A liberação da toxina acontece durante o aquecimento do plástico. "Em produtos como chupetas e mamadeiras, ele é potencialmente prejudicial à saúde das nossas crianças", disse o senador.

O pesquisador da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) que lidera uma pesquisa sobre estrógenos ambientais, Paulo Saldiva, explicou que "a ingestão destas substâncias por bebês pode influenciar na formação das mamas, testículos e órgão que têm ligação com hormônios".

Segundo Saldiva, o processo seria como uma reposição hormonal externa pois, ao ingerir o bisfenol-A, a pessoa absorve quantidades variadas de estrogênio. "A conseqüência é o aumento da tendência ao desenvolvimento de câncer de mama ou útero na mulher e perda de espermatozóides para o homem", explica.

O pesquisador afirmou que apesar desta descoberta ter mais de 15 anos, ainda não há provas de quantidades seguras para o consumo da substância.

Cuidados na hora de comprar a mamadeira

Para saber qual produto comprar, sem assumir os riscos oferecidos pelo bisfenol-A, o gerente de informação do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, Carlos Thadeu, sugere a preferência pelas mamadeiras de vidro, para as crianças que ainda não começaram a andar. No entanto, para as demais, o vidro não é indicado, pois pode causar acidentes, em caso de queda.

Thadeu explicou que embaixo da mamadeira deve existir um triângulo com um número no interior. "As mamadeiras em que neste triângulo estiver o número 3 ou 7 têm o policarbonato em sua composição e o bisfenol-A", disse. As com o número 5 e as letras PP, no interior do triângulo, são as que não possuem bisfenol-A. O gerente aconselha também sempre verificar a composição do produto.

"Se a pessoa já possui a mamadeira com o bisfenol-A, o ideal é evitar sujeitá-la às temperaturas elevadas, pois o bisfenol-A é liberado no calor de 100°C, que é a temperatura de ebulição", disse ele.

Carlos Thadeu é favorável ao projeto do senador Gim Argello. Segundo ele, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite até 0,6 miligramas da substância por quilo do composto usado na fabricação de cada produto. "Se é sabido que o bisfenol-A é nocivo, por que não substituir?", questiona.

Fonte: Terra
Autor: Thaís Sabino
Revisão e Edição: de responsabilidade da fonte
news@consumidorrs.com.br

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Pós-parto: um bate-papo

No sábado passado fiz um bate-papo no Bazar Coisas de Mãe - organizado por Sheila e Ligia. Fizemos uma conversa com gestantes, maridos e duas mães que contaram seus pós-partos.
Abaixo fiz um pequeno texto para ajudar a pensar no encontro.

Bom pós-parto!

O pós parto é um período que grandes transformações, no corpo da mulher, na sua relação com seu companheiro, familiares e consigo mesma. No centro disso tudo está a sua relação com o seu bebê, crescendo o amor a cada dia e iniciando uma relação forte e profunda.


Cada mulher vai passar pelo pós- parto de sua maneira, umas sentindo mais outras menos as variações emocionais e físicas desse período. Mesmo assim é interessante saber que não estamos sozinhas nessa caminhada, que alguns aspectos são comuns a todas.


O QUE É O PÓS-PARTO:

O pós-parto é um período que pode ser visto desde os primeiros dias após o nascimento do bebê (pós-parto imediato), na chegada em casa na primeira semana ( recente) e até 4 a 6 semanas (tardio).
Para a Dra. chilena Soledad Dìaz, este período estende-se mais, até a mulher recuperar-se na parte fisiológica, endócrino e nutricional. Enquanto estiver amamentando ela ainda terá as condições diferentes das anteriores da gestação. Em resumo, é todo o período que necessita para recuperar-se como estava antes de engravidar e durante a etapa de transição de grande dependência do bebê à mãe. Podendo levar de meses a mais de um ano.

DIFERENTES ASPECTOS DO PÓS-PARTO:

Podemos falar do pós-parto do ponto de vista físico, os hormônios vão mudar muito, parecendo uma TPM. Os seios podem estar doloridos com a descida do leite e haverá um sangramento que dura em torno de 10 dias, assemelhando-se a menstruação. Pode haver algum desconforto no períneo (em caso de parto vaginal) ou na cicatriz (no caso de cesariana). A barriga antes tinha um bebê e agora está ainda um pouco distendida e os órgãos estão voltando ao lugar, por isso a sensação de estar solta.

No lado emocional, a mulher pode sentir-se muito animada e feliz com nascimento do bebê e em outros momentos também sentir-se confusa e triste (baby blues). Tudo isso faz parte da adaptação. Pode também sentir um vazio, estar assustada com a grande responsabilidade e com a sensação de que não dará conta, sem saber o que é certo ou errado para atender seu bebê. Calma! Nada de se culpar! Nem todas passem por isso, mas vale a pena saber que essa montanha russa emocional pode acontecer e tendo apoio, carinho pelos seus conflitos e paciência, tudo vai se resolvendo.


As expectativas de ser uma “ boa mãe”, que foram construídas pela cultura.

O aleitamento materno, que pode ser tranquilo ou apresentar algumas dificuldades e necessitar de ajuda profissional.

Os conflitos em relação aos outros filhos e também as outras partes da vida – vida social, trabalho etc.

Relação casal, envolve a sexualidade e as mudanças entre ambos. Alguns pais podem sentir ciúmes da mulher por atenção exclusiva ao bebê ou mesmo por não estar participando ativamente dos cuidados do mesmo. Na sexualidade pode acontecer de um estar com mais ou menos desejo que o outro. Nesse período a mulher está sob efeito de hormônios da amamentação que ressecam a mucosa vaginal, interessante utilizar gel à base de água e criar maneiras de retomar o namoro e lidar com o leite pingando, com o bebê acordando nas horas do casal. Pois tudo isso faz parte da nova vida e não tem como lutar e sim adaptar-se e criar alternativas e aceitar o que não podemos mudar - parafraseando a oração do AA.

Mas na verdade gostaria de falar de outro aspecto do pós-parto, a fase “Borboleta” da mulher .

Em nenhum momento da vida da mulher houve/haverá tamanha transformação como no puerpério.
Nem quando ficou mocinha, ou se formou, casou , trocou de emprego, nada. Nada se compara a torna-se mãe, nem pode ser chamado de transformação, fica melhor metamorfose pelo sentido de mudança radical. Guarda sim a mulher de antes, porém sente de forma distinta. Quantas mulheres que julgam outras antes de serem elas mesmas mães e depois dizem “ não imaginava que sentiria dessa forma com meu filho.”

O QUE AJUDA NO PÓS-PARTO:


1- Quando o bebê dormir, aproveite para relaxar e dormir também. Deixe outras tarefas para depois, seu corpo precisa de sono para se recuperar e ter energia para cuidar do bebê.

2- Beba líquidos sempre que sentir sede, não demore a atendar seu corpo. Ajuda na amamentação e também para seu funcionamento intestinal.

3- Alimentar-se bem é fundamental, se possível 6 refeições ao dia para não passar grandes períodos sem comer nada. Filofofia da "aeromoça" , a mãe precisa estar bem alimentada porque gasta bastante energia (cuidar do bebê, amamentar e recuperar-se do parto). Dê muita atenção ao almoço, comendo alimentos bem nutritivos.Ah, lembre-se de comer alimentos com fibras, seu intestino agradece.

4- Evite fazer esforço físico. Peso só o do seu bebê.

5- Peça ajuda, principalmente para cuidados com a casa. Isso outras pessoas podem fazer por você.

6- Mesmo querendo cuidar 100% sozinha do seu bebê, não negue compartilhar com seu companheiro ou pedir ajuda. Você pode ser a principal cuidadora, mas às vezes vai precisar ir ao banheiro, comer tranquilamente ou mesmo dormir.

7- Tente achar um tempinho para conversar com seu companheiro sobre as mudanças na vida de vocês. Se for solteira, vale encontrar uma boa amiga ou familiar.

8- Valorize-se: você está fazendo algo muito importante !!!

9- Caminhar aos pouquinhos ajuda na recuperação do corpo.

10- Com as visitas: preocupe-se mais com você e seu bebê. Secretária eletrônica, alguém para ajudar a receber as visitas, avisar dias e horários adequados. Todos estão curiosos e felizes com o nascimento. Porém, sinta-se à vontade para deixar a sala para amamentar sozinha no quarto, avisar que está cansada, ficar com o bebê com você e não no colo de cada que vem visitar.

11- Tenha carinho pelas suas dúvidas e temores. Você não conhecia seu bebê, não é mesmo? Então, saiba que aos poucos você entenderá bem os seus choros e vontades, sua intuição estará cada vez mais aprimorada. Dê tempo ao tempo. Paciência consigo mesma, sem se culpar por não adivinhar o "manual do bebê".

12- Se precisar, busque ajuda profissional. O que importa é você sentir-se bem!

13- Pai do bebê: continente emocional da mãe, compartilha dos cuidados do bebê e ajuda na escuta sem julgamento, dando apoio emocional, cuida da proteção da casa – visitas, compras etc.

14- Tomar sol, um pouquinho sempre que possível ( nos seios, sem não estiverem machucados e nos pés).

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Lei do acompanhante

Olá,

Recebi do grupo Parto do Princípio a postagem abaixo para ser divulgada nos blogs e sites que envolvem questões de parto.
Vale contar que a lei do acompanhante teve seu início em SC. A partir de reuniões da Rehuna em Florianópoli, foi levado a proposta para a deputada estadual Ideli Salvatti que assumiu o compromisso de transformar em lei. Quando a mesma tornou-se senadora levou para o âmbito nacional. Agora nós precisamos fazer a nossa parte, exigir, divulgar e denunciar quando a lei não está sendo cumprida.

Beijos,


Lei do Acompanhante no Parto - Nosso direito não está À VENDA!!!!

A partir de uma denúncia que relatou a cobrança de taxa em um hospital em Cuiabá-MT, o Ministério Público Federal no Mato Grosso firmou um Termo de Ajuste de Conduta com os hospitais particulares locais. Agora, todos eles terão de permitir a permanência do acompanhante de livre escolha da parturiente gratuitamente no acolhimento, pré-parto, parto e pós-parto imediato e afixar cartazes informando os direitos das gestantes. (http://noticias.pgr.mpf.gov.br/noticias/dest_sup/mpf-mt-move-acao-contra-hospitais-por-cobranca-ilegal-de-taxa)

Se você foi impedida de ter seu acompanhante nesse momento tão delicado que é o nascimento de um filho, DENUNCIE.
Se cobraram uma taxa para a entrada do seu acompanhante no parto, para a roupa (taxa de paramentação), para ele pernoitar, para a alimentação do acompanhante, DENUNCIE.
Se impediram a entrada do seu acompanhante por ser homem, ou por ser mulher, ou por não ser o pai, DENUNCIE.

Toda mulher tem direito de ter um acompanhante de sua livre escolha no acolhimento, pré-parto, parto e pós-parto imediato.
Todo plano de saúde é obrigado a cobrir as despesas de um acompanhante por esse período. É obrigado a cobrir a taxa de paramentação, a alimentação e a acomodação adequada para pernoite.

Se você se sentir mais a vontade, peça "sigilo de dados pessoais" em sua denúncia.

Acesse: http://www.partodoprincipio.com.br/conteudo.php?src=lei_denuncie&ext=html

Dúvidas: leidoacompanhante@partodoprincipio.com.br

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Assistência Psicológica para gestantes com HIV

Olá,

Vejam que matéria interessante que recebi de uma fisiodoula, a Gabriela. Saiu no caderno Donna do Clic RBS - RS de 06/10/10.
Boa leitura, beijos.


Assistência psicológica melhora gestação de mulheres com HIV, indica estudo
Grávidas podem ter mais qualidade de vida com pré-natal adequado

Gestantes portadoras do vírus HIV podem ter uma gravidez melhor se, além do exame pré-natal adequado, puderem desabafar angústias e sentimentos, segundo informações divulgadas pela Agência USP de Notícias. A pesquisa foi apresentada na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP. Leia a seguir na íntegra.

Gestantes portadoras do vírus HIV podem ter uma gravidez de maior qualidade se tiverem, além de um pré natal adequado, um espaço durante a gestação para falar de suas angústias e sentimentos. O estudo A vivência da maternidade: um estudo com gestantes portadoras do HIV, apresentado na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, também concluiu que essas mães precisam de assistência psicológica diferenciada, bem como de um espaço para realizar discussões sobre o planejamento familiar e a educação sexual.

A pesquisa objetivou saber como as gestantes entendem a maternidade no contexto da doença e qual é o impacto desta em suas vidas.

— Por meio de entrevistas, as gestantes entrevistadas davam sua impressão sobre como percebiam a gravidez, como se percebiam enquanto mulheres e como encaravam o tratamento durante o pré natal — declara a psicóloga Luciana Trindade Valente Carneiro, autora do estudo.

A partir dessas declarações foi constatado que durante a gravidez os problemas mais comuns se referem a questões emocionais e não clínicas, uma vez que o pré natal é realizado em um ambulatório diferenciado. Luciana explica: “Há muita insegurança por partes dessas mulheres em relação ao futuro, ou seja, se o bebê nascerá saudável ou a dúvida se na medida em que as crianças crescerem elas estarão presentes. Já em relação ao quadro clínico, todas se sentiram muito seguras ao realizar o pré natal dentro do ambulatório.”

O Ambulatório de Moléstias Infecto Contagiosas em Ginecologia e Obstetrícia (AMIGO), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP), local onde foi realizada a pesquisa, é referência na área.

— Ali o trabalho realizado é de vanguarda e já conta com uma equipe multiprofissional o que justifica a sensação de segurança dessas gestantes em relação à saúde física — ressalta Luciana. — Mas, nem sempre é assim. A realidade no Brasil é diferente. Daí a necessidade de haver um trabalho multiprofissional, no qual junto com os médicos atuem psicólogos, assistentes sociais e outros técnicos. O lado psicossocial dos usuários deve ser trabalhado — acrescenta a pesquisadora.

É neste âmbito que foi criado, no período da pesquisa, o “Grupo de Sala de Espera”, no qual as gestantes do AMIGO, enquanto esperavam por sua consulta, podiam conversar e compartilhar com outras na mesma situação seus temores e ansiedades durante o pré natal. Esse grupo sempre foi acompanhado por um psicólogo.

— Ali elas podiam falar das ansiedades e dos temores que vivenciavam durante a gravidez, como o medo do parto. Este espaço de conversa qualifica a assistência — assinala Luciana.

Tratamento

O estudo constatou que a maioria das gestantes aderia ao tratamento durante a gestação por medo da possibilidade da transmissão vertical do HIV ao bebê, pensando sempre no bem-estar do filho e não no bem-estar próprio. Tal fator não é positivo, pois pode significar que após a gravidez a mulher interromperá a medicação.

— Isso é ruim porque mesmo após o parto elas devem se tratar para que os sintomas da doença não se efetivem.

A proposta é que haja um tratamento e acompanhamento permanentes.

— A mulher deve se cuidar e não só do filho — afirma Luciana. — Com um trabalho integrado você pode, não só incentivar o tratamento correto, mas também minimizar questões psicológicas e emocionais , tão comuns em gestantes soropositivas — conclui.

A dissertação foi orientada pelo professor Marco Antonio de Castro Figueiredo, do Departamento de Psicologia e Educação da FFCLRP.
AGÊNCIA AIDS

Minha apresentação no Bazar Coisas de Mãe

No sábado estarei num bate-papo no Bazar Coisas de Mãe e escrevi um pouquinho de minha história para me apresentar no blog da Lígia e Sheila (www.bazarcoisasdemae.blogspot.com).


Meu nome é Juliana, mãe de dois meninos fofos, de 10 anos e 6 anos e meio. Antes se ser mãe trabalhei como psicóloga em serviço de violência doméstica contra crianças, fiz estágios na oncologia infantil e APAE, trabalhei numa escola de educação especial , consultório e posto de saúde. Quando engravidei de meu primeiro filho eu estava coordenando um trabalho na prefeitura na área de prevenção de aids para usuários de drogas injetáveis e depois de anos nisso, percebi que aquela linda barriga não combinava mais com assuntos tão tristes. Com apoio de meu marido, pedi demissão de um emprego público e virei professora da UDESC, mas era temporário e logo que engravidei de meu segundo filho acabou meu contrato.
As circunstâncias me levaram a realizar um sonho, ficar em casa cuidando dos meninos e me tornar uma dona de casa. Foram alguns anos até a vontade de trabalhar bater na minha porta de novo, junto com os pedidos de amigas para explicar sobre amamentação, bebês , gestação - já que tinha trabalhado com gestantes na prefeitura e agora tinha experiência pessoal. A vontade cresceu e resolvi fazer um curso de doula, depois vieram mais cursos e hoje também tenho o de doula pós-parto. Por fim voltei a trabalhar, mas desta vez de forma diferente, com nascimentos, com vida.
Voltei a clinicar só para gestantes e puérperas e preparar mães e pais para a gestação, parto e chegada do bebê de forma personalizada e em domicílio.

Nisso tudo sempre tive carinho especial com as mães no pós-parto. Passei dois momentos desses bem diferentes um do outro. No primeiro pós-parto eu tinha experiência profissional com outras mães, sabia teoricamente sobre cuidados com bebê, tinha feito cursos, lido livros, tudo que podia saber. Mas não sabia sobre as mudanças emocionais na prática, nem das inseguranças de ser uma "boa mãe", ou da importância de me cuidar primeiro para depois cuidar do bebê. Como eu queria ter tido uma doula ou outra pessoa que me contasse que tudo aquilo fazia parte da montanha-russa hormonal e que as autoexigências das idealizações de mãe só atrapalham. Alguém que contasse que ficar sem dormir e ser responsável por uma nova vida é, em alguns momentos, difícil de se lidar. Talvez por isso que eu tenho tanto carinho e empatia pelas novas mães. É o nosso momento "borboleta". Nossa metamorfose de mulher tranformando-se numa outra mulher-mãe, mais sensível e ao mesmo tempo mais forte, mais intuitiva e tão apreensiva pela vida e saúde do nosso fruto e amor maior. Algo que transcede explicações, teorias, que torna-se impossível de saber sem ter passado pela experiência de ser mãe.

Espero que no Bazar a gente possa conversar sobre as experiências de cada uma, sem teorizar muito, mas compartilhar nossas vidas, nosso amor e ter carinho pelas nossas lindas transformações (nem sempre fáceis) que passamos no pós-parto.

Beijos.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Cinematerna em Florianópolis: estreia no Iguatemi

Olá,

Nesta terça, 5/10, será o lançamento do CineMaterna no Shopping Iguatemi!

As 80 primeiras mães com bebês de até 18 meses receberão seu ingresso de presente! A cortesia é da loja Gente Miúda e será distribuída por ordem de chegada. Acompanhantes pagarão ingresso normalmente.

Bom divertimento!



Um grande abraço
Equipe CineMaterna
www.cinematerna.org.br


Florianópolis

05/10, terça-feira, 14h
Cinesystem Iguatemi Florianópolis
Filme: Coincidências do Amor
Av Madre Benvenuta 687


O bate-papo após a sessão acontece no Rei do Mate, no próprio cinema.

Sessões mensais às terças, 14h.
Preço: R$ 14 e R$ 7 (meia para estudantes e pagamento com cartões de crédito B

Pós-parto: participação das internautas

Olá,

No dia 09 de outubro estarei fazendo um bate-papo no Bazar Coisas de Mãe aqui em Florianópolis. Evito fazer palestra porque a participação das mulheres, contanto as suas experiências, são ótimas e deixa o assunto menos didático.

Então pensei em começar essa "conversa" com quem quiser participar. Queria saber:

1- como foi o pós-parto
2- o que/quem ajudou nesse período
3- o que gostaria de saber ou ter feito durante a gestação para melhorar a experiência do pós-parto

Aguardo e-mails no: apoiomaterno@gmail.com

Prometo não postar os e-mails no blog, nem citar nomes. Posteriormente quando escrever um texto geral para o blog, pedirei autorização a cada participante e mesmo assim não preciso colocar dados pessoais. Meu interesse é conhecer mais da experiência de mulheres de cidades diversas e levar essa conversa no bate-papo também ( preservando a identidade de cada uma, ok!).

Beijos e até breve!

Juliana

terça-feira, 28 de setembro de 2010

A natureza do sono do bebê

A natureza do sono do bebê
No primeiro semeste li um artigo sobre o sono do bebê num site e gostei tanto que entrei em contato com a autora, Dra. Andreia Mortensen. Ela escreveu o texto em resposta a um artigo e resolveu fazer alguns comentários muito esclarecedores.
No site se fazia referência que o sono interrompido na madrugada era por culpa dos pais que atendiam seu bebê.

Sugiro a quem quiser mais dicas que entre no: http://solucoes.multiply.com

Boa leitura e bons sonhos!!!


Por Andreia Mortensen:

O artigo ressaltou que a raiz de muitos problemas de sono estaria no fato de os pais auxiliarem seus bebês a adormecerem e concluiu que eles deveriam ser treinados a fazê-lo sozinhos.

Tenho algumas críticas a esse raciocínio:

PRIMEIRO, é importante entender que essa inabilidade do bebê de adormecer sozinho, sem ajuda, é de sua natureza. Antes de 2 ou 3 anos não há maturidade neurológica para tal. Então, ao 'treinar' um bebê a adormecer sozinho estamos passando por cima de sua natureza do desenvolvimento, que acontece em fases, em um aprendizado longo e complexo. A matéria parte do princípio de que é preciso condicionar os bebês a não solicitarem aconchego à noite mesmo quando tivessem necessidade, como se uma exigência para um bom sono bom seria apressar a independência do bebê.

SEGUNDO, as funções do choro, do embalo e do apego devem ser levadas em consideração.

O choro - No início da vida, o choro tem um amplo espectro de funções: bebês choram por fome, necessidade de contato físico, frustração, outras necessidades físicas e emocionais. O choro de frustração não pode ser considerado falso por não apresentar uma razão física visível. Experimentos clássicos mostraram que simplesmente pegar o bebê no colo funciona perfeitamente como uma forma de parar o choro, ainda que eles estivessem famintos (1,2). O choro atendido pelos pais tem importância fundamental para a formação de vínculos e estabelecimento do laço afetivo familiar (3).

O embalo - O bebê precisa ter confiança máxima, conforto, segurança e outros sentimentos mais complexos em quem lhe está adormecendo, que levam ao relaxamento relaxamento físico e mental. A mãe acalenta o bebê com um embalo ritmado, lento, afagos leves e ao som de uma melodia delicada e sussurrante de sua voz, e com isso o bebê se entrega e adormece. Deve-se lembrar também que embalar o bebê lhe confere estímulos sensoriais necessários ao estabelecimento do tônus muscular.

O apego - O colo e o apego, em conjunto com o embalo e a amamentação, são fatores críticos para a continuação do desenvolvimento do bebê fora do útero materno. O bebê humano nasce em desamparo e dependência quase absoluta e necessita ser visto e ouvido por sua mãe ou por outra figura de apego primário, de quem procura e espera uma relação recíproca, na qual seus próprios sentimentos iniciais são retribuídos (4). O bebê 'come amor' como se fosse comida e também a sensação de estar rodeado, contido, visto e seguro (5).

Uma criança que se agarra a um adulto não está sendo mimada nem querendo chamar atenção, mas sim está tentando reduzir o seu alto grau de excitação física e seus elevados níveis de substâncias químicas estressantes, como o cortisol e, ao mesmo tempo, tenta ativar as compostos químicos cerebrais que produzem sentimentos de bem-estar, como a ocitocina. Sua mãe é sua 'base neuroquímica' infalível.

Obrigar a criança a ser independente antes de ela estar geneticamente madura para tal é uma provável causa do surgimento de um apego prolongado, enquanto que a criança que recebeu o cuidado amoroso protetor com sua dependência natural reconhecida estará apta a aperfeiçoar suas potencialidades primitivas de crescer, integrar-se, adaptar-se às exigências do ambiente, desenvolver outras relações interpessoais, habilidades sociais, de convivência e aceitação do outro e de preservar a vida.

TERCEIRO, técnicas conhecidas como 'choro controlado' e variações em que o choro do bebê é ignorado não oferecem garantias de noites de sono ininterruptas. Tal fato foi, inclusive, revelado em uma pesquisa recente na qual, apesar de 69% dos pais acreditarem que essa técnica funcionaria, somente 1/6 dos pais disseram que ela eliminou completamente os despertares noturnos. (6)

Ainda, pesquisas revelam que quando a criança cumpre um ano, as mães que haviam atendido rapidamente o seu choro, tinham filhos que choravam muito menos que aquelas que haviam optado por deixá-los chorar (7).

QUARTO, é mito que bebês que são treinados a dormir a noite toda nunca mais acordariam. O bebê muda constantemente conforme seu desenvolvimento e isso interfere em seu sono. Então, é falaciosa a prescrição de soluções eternas para que a criança dormir a noite toda, porque sempre que há mudanças em sua vida (como entrada em escolinha ou mudança de professora, um atrito com amigo na escola, mudança para nova casa, férias, doença, saltos de desenvolvimento e outros) há provavelmente uma causa emocional para a mudança no padrão de sono. Nesses casos, é hora de direcionar todas as atenções a seu filho para que se sinta emocionalmente seguro de as boas noites de sono voltarão.

QUINTO, a pesquisa citada (publicada originalmente em 2009 na revista "Child Development") tem falhas metodológicas e erros de abordagem que não foram citados. Somente 85 famílias foram entrevistadas e isso torna a amostragem não significativa. Além disso, o texto não deixa claro qual foi a porcentagem real de casais que se adequaram às conclusões do grupo (se a margem de diferença for muito baixa, o estudo deve ser refeito com grupo de amostragem mais amplo).

Os próprios autores concluem no final do artigo que, pelo fato de os dados serem baseados em amostras não-clínicas, todas as implicações clínicas devem ser melhor examinadas adiante, em condições clinicas. Os autores ainda discutem que os dados devem ser melhor explorados em outras culturas e em amostras com mais variados status socioeconômicos para testar sua valia em ambientes que tenham diferentes expectativas, filosofias e valores em se tratando de práticas de educação dos filhos em geral e do sono dos bebês em particular.

Portanto, a abordagem dos pesquisadores passou por uma linha de pensamento que não considera diferentes culturas, crenças e individualidades. Os pesquisadores concluem que todas essas são características limitam a generalização dos resultados. Ainda mais, as associações relatadas entre o sono e cognições maternas foram baseadas em percepções subjetivas e podem ter sido influenciadas pela variância do método compartilhado.

Esses aspectos não foram incluídos no artigo que, portanto, não relatou com acuidade o que foi descrito na pesquisa.

FINALMENTE, o artigo publicado continua a oferecer problemas na parte 'Avisos' de hábitos possivelmente perniciosos ao sono.

Alimentá-lo fora do horário? Não é possível, posto que o bebê pequeno precisa mamar em livre demanda para garantir que tenha todas suas necessidades de nutrição e também de sucção não nutritiva saciados. Não há conselho mais prejudicial para o estabelecimento e continuidade da amamentação e, consequentemente, para a saúde dos bebês, do que amamentar com horários predeterminados.

O artigo condena que o bebê durma com seus pais. As conclusões do artigo não consideram bases antropológicas, culturais e tampouco fisiológicas.

O co-leito ou cama compartilhada é algo praticado desde os primórdios da raça humana. A necessidade do bebê humano de estar em contato físico com a mãe vem dos tempos em que o ambiente era perigoso e a sobrevivência dependia de contato direto com sua mãe. Somos parte dessa descendência. Além disso, a cama compartilhada é comprovadamente de auxílio para estabelecimento da amamentação e tem efeitos positivos no estabelecimento de ritmos respiratórios, na regulação de padrões de sono, da taxa metabólica, de níveis hormonais, da produção enzimática (ajudando na habilidade do bebê de lutar contra doenças), na taxa de batimentos cardíacos e no sistema imune (8, 9, 10). Pode também ajudar a atender necessidades emocionais do bebê e da criança mais facilmente, levando em consideração os picos de crescimento, a crise de ansiedade de separação que se inicia por volta dos 8 meses e outras fases que vão além do primeiro e segundo ano de vida, nas quais o contato íntimo com a mãe faz toda a diferença.

Portanto, ter um conceito previamente fechado, contrário a um arranjo de sono, pode dificultar a família a lidar com as necessidades que o bebê e a criança manifestem.

ALGUMAS RECOMENDAÇÕES QUE EU DARIA AOS PAIS SERIAM:

- Investigue em que lugar o bebê dorme melhor: na mesma cama com os pais, no berço em outro quarto, no berço no mesmo quarto porém distante da cama do casal, no berço no mesmo quarto junto à cama? E onde você dorme melhor? Finalmente, onde você gostaria que seu bebê dormisse? A gama de variações possíveis é grande, pode-se tentar alguns dos arranjos até descobrir como toda a família dorme melhor.

- Alterne maneiras de auxiliar o bebê a adormecer, nem sempre mamando (a não ser nas primeiras semanas quando é impossível manter um bebê acordado após as mamadas), nem sempre embalando, às vezes peça para papai entrar na jogada! Ao aprender que pode adormecer de várias formas, é menos provável que o bebê faça associações fortes de sono que podem levá-lo a requerê-las no meio da noite.

- Reconheça os sinais de sono do bebê: esfregar olhos, bocejar, diminuir atividades, ficar irritado, olhar parado, chorar, em alguns casos, gritar. Crie rotinas de acordo com o cansaço e a necessidade de sono da criança (que vai mudando conforme a maturidade), ou seja, uma sequência simples de eventos que ajude a criança a identificar que a hora do sono está por vir.

- As sonecas são importantíssimas para o desenvolvimento do bebê e para o sono noturno. Ao contrário do que se pode pensar, um bebê exausto luta contra o sono e tem dificuldades de permanecer adormecido. Para serem restauradoras, as sonecas diurnas devem durar pelo menos 1 hora, em média, para bebês maiores de 4 meses. Se o bebê não dorme espontaneamente esse tempo e acorda aborrecido, precisa de ajuda para prolongar as sonecas. Você pode usar um sling e deixar o bebê dormir nele. Se ele dorme em berço ou cama, preste atenção: quando acordar, tente colocá-lo para dormir novamente o mais rápido possível. Às vezes, ficar por perto para intervir antes de o bebê acordar completamente é aconselhável. Esse processo pode ser demorado, mas vale a pena, pois o bebê vai aprendendo a emendar ciclos de sono e tirar sonecas mais longas, que são importantes para um bom sono noturno também.

Dra. Andréia C. K. Mortensen



Referências

1- Wolff, P.H. 1987. The development of behavioral states and the expression of emotion in early infancy: New proposals for investigation. Chicago: University of Chicago Press. (1987).
2- Our Babies, Ourselves. How biology and Culture shape the way we parent. Meredith F. Small. Anchor Books. (1998).
3- Tocar: o Significado Humano da Pele. Ashley Montagu. Ed. Summus. (1988).
4- Bowlby, J. (1969,1982) Attachment [Vol. 1 of Attachment and Loss]. London: Hogarth Press; New York, Basic Books; Harmondsworth, UK: Penguin (1971).
5- Babies and Their Mothers : D.W. Winnicott. Merloyd Lawrence. ( 1996).
6- Lynn Loutzenhiser, Regina Leader-Post. Have you been awake all night, trying desperately to put your child back to sleep, or does your little one sleep like a baby? The study is being done in collaboration with a contributing editor to Today's Parent magazine. The survey can be found at http://uregina.ca/~loutzlyn/Research.html. (2009).
7- Margot Sunderland, The science of parenting. DK Publishing Inc. (2006).
8-J. McKenna et al., Bedsharing Promotes Breastfeeding, Pediatrics 100, no. 2: 214-219. (1997).
9- J. McKenna et al., "Sleep and Arousal Patterns of Co-Sleeping Human Mother-Infant Pairs: A Preliminary Physiological Study with Implications for the Study of the Sudden Infant Death Syndrome (SIDS)," American Journal of Physical Anthropology 82, no. 3, 331-347 (1990).
10- A Reasonable Sleep. Evolution suggests that if we sleep with our babies, we might help some of them escape sudden infant death syndrome. By Meredith F. Small DISCOVER 13:4. Medicine. (1992).

Este artigo foi publicado em 18/03/2010 pela autora num outro site em resposta a um artigo que culpabilizava os pais pelo sono do bebê, ou melhor, pelo fato do bebê acordar na madrugada. A autora autorizou a publicação deste no Apoio Materno.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Bazar para mães em Florianópolis

Vejam que ideia interessante de duas mães de Florianópolis, criaram um bazar com produtos feitos por mães que funcionará, dia 09 de outubro, dentro de uma brinquedoteca. Pode lugar melhor?

Fui convidada para participar também, então estarei fazendo um bate-papo sobre pós-parto. Estão convidadas!

Mais informações: www.bazarcoisasdemae.blogspot.com

beijos.


quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Cinematerna em Florianópolis

Olá queridas mamães e seus companheiros,

Semana que vem, dia 14/09, tem filme no Floripa Shopping. Assistiremos o "Par Perfeito", às 14 horas e depois podemos tomar um café para conversar sobre aquele assunto que adoramos:
nossos filhos!

Esperamos vocês por lá.

Beijos,

domingo, 29 de agosto de 2010

PREMATUROS: BANHO HUMANIZADO é PRAZEROSO

Olhem que interessante o artigo sobre o banho para prematuros. Vale para outros bebês também, sempre visando o respeito e cuidado que merecem.

Ah, este artigo foi gentilmente cedido pelo Dr Marcus Renato de Carvalho, do site aleitamento.com

Beijos e ótimos banhos!!!


O PREMATURO merece todo o nosso cuidado!


Banho humanizado garante prazer a prematuros





Ascom Santa Mônica





Pioneira na prática do banho humanizado em bebês prematuros, em Alagoas, a Maternidade Escola Santa Mônica (MESM), através dos profissionais, leva a experiência para outras maternidades públicas e privadas do Estado, com o objetivo de proporcionar o bem estar dos bebês.



Pesquisa desenvolvida pela equipe multidisciplinar da enfermaria Canguru constatou que o método proporciona melhor resposta adaptativa do recém-nascido de baixo peso ao ambiente, e ainda promove a organização dos sistemas motores e fisiológicos.



Segundo Fátima Mascarenhas, gerente do setor de terapia ocupacional da MESM, o Ministério da Saúde já preconiza o banho, mas ainda são poucas as unidades maternais que utilizam o método. “Nós implantamos o banho humanizado na enfermaria Canguru na tentativa de solucionar um problema diário de muito choro durante o horário do banho dos recém-nascidos, e deu muito certo”, disse.



Ela explicou que entre os objetivos do

método Canguru estão o aleitamento materno exclusivo, fortalecimento do vínculo entre mãe e bebê e ganho de peso. Com o estresse e o choro do momento do banho os bebês comprometiam o ganho de peso. O banho humanizado, ao contrário, tornou-se um momento de prazer e relaxamento, contribuindo para o desenvolvimento sadio do recém-nascido.



A equipe da enfermaria Canguru já fez sensibilização, através de palestras e demonstração, em duas maternidades do município de Arapiraca e uma maternidade particular de Maceió. “O objetivo é difundir o método que foi implantado com sucesso na Santa Mônica. Além disso, nós envolvemos as mães, e estas, à medida que se sentem seguras, dão banho nos filhos e levam a prática para casa”, destacou a enfermeira Rita Aguiar.



O banho



O processo do Banho Humanizado é tranqüilo e admirável. Como os bebês são prematuros e estão abaixo do peso, o banho é realizado em dias alternados. Antes de iniciar o procedimento, no entanto, o primeiro passo é observar o estado do bebê. Ele não pode estar em sono profundo, com fome ou estressado (chorando).



“Isto é o que preconiza a intervenção da terapia ocupacional com recém-nascidos prematuros, respeitando o estado comportamental de cada um”, salienta Fátima Mascarenhas.



O segundo passo é preparar o bebê. Com tranqüilidade, toda a roupa deve ser tirada e o bebê é ‘envelopado’ – isso mesmo, ele é enrolado em formato de envelope até a altura do pescoço. Neste passo, as perninhas ficam flexionadas e os braços dobrados na altura da cintura.



Depois de enrolado o bebê é levado à banheira. A água deve estar a uma temperatura de 36,5º a 37º, o ar condicionado deve ser desligado, bem como todas as entradas de ar direcionadas à banheira devem ser cortadas e as luzes devem ser desligadas. “cada detalhe contribui para o sucesso do banho, e caso sejam ignorados pode acarretar estresse e comprometer o ganho de peso”, salienta a terapeuta ocupacional.



Todos os detalhes verificados, o bebê é colocado na banheira, de modo que o corpo fica submerso até o pescoço, evitando a perda de calor do corpo. Assim o banho é iniciado pelo rosto, sem sabão, com bolas de algodão - uma para cada área. Primeiramente os olhos e, na sequência, bochechas, as narinas e orelhas.



O pescoço, os membro superiores, tórax, costas e membros inferiores são ensaboados nessa ordem, e à medida que isso vai acontecendo, o pano vai sendo desenrolado aos poucos. A região genital é ensaboada, removendo o sabão com algodão.



Um detalhe muito importante, é que o banho mesmo sendo tranqüilizador não pode ser muito demorado, pois a temperatura da água vai se alterando com o passar do tempo.



“Tantos os profissionais quanto as mães percebem a evolução diária do bebê no método canguru e reconhecem a contribuição positiva do banho, momento que não enfrentamos mais o estresse dos recém-nascidos. Por tudo isso consideramos relevantes que outras maternidades utilizem essa prática”, finalizou Fátima.





Fonte: Wedja Santos/Ascom Santa Mônica



Autor: Alagoas 24h + Marcus Renato de Carvalho
Data: 18/8/2010

Homens produzem mais hormônios com nascimento do filho, diz estudo

Olá,

Para quem pensa que os homens não passam por alterações hormonais com o nascimento de um filho, eis uma novidade: uma pesquisa mostra o contrário.
Ficou interessado ou interessada? Então leia abaixo o artigo que saiu originalmente no site aleitamento.com , que meu querido colega Marcus Renato de Carvalho autorizou para a publicação no blog.
Vejam como é importante a participação paterna no parto e no pós-parto. As mulheres agradecem !!!

Beijos.



Processo é semelhante ao que acontece com as mães, de acordo com nova pesquisa.



Uma pesquisa de uma universidade em Israel afirma que os homens, ao se tornarem pais, passam por um processo de aumento de produção de hormônios semelhantes ao das mulheres que viram mães.

Assim como acontece com as mulheres que se tornam mães, os pais também passam a produzir mais neuroquímicos que ajudam a torná-los mais afetuosos, o que auxilia no processo de paternidade.

OCITOCINA e PROLACTINA

Os hormônios ocitocina e prolactina são produzidos em maior quantidade na mulher do que nos homens devido a processos físicos, ligados à gravidez. A ocitocina ajuda as mulheres a fazerem as contrações durante o trabalho de parto. Já a prolactina ajuda na amamentação.

Cientistas acreditavam que os homens não produziam mais hormônios, por não estarem fisicamente envolvidos no parto da criança, mas a nova pesquisa indica que processo masculino é semelhante ao que acontece com as mães.

Tempo com os filhos

Os pesquisadores da universidade de Bar-Ilan, em Israel, analisaram os níveis hormonais de 43 pais, seis meses depois do nascimento de seus filhos.

Os homens também foram filmados na presença dos seus filhos, para que se avaliasse como cada um se adaptou ao novo papel de pai.

Os cientistas acharam um padrão entre o nível de hormônio e a habilidade dos pais de se relacionarem bem com seus bebês. Quanto mais hormônios cada homem produzia, melhores eram suas habilidades paternas, na hora de brincar e se comunicar com a criança.

"Esta parece ser uma forma que a evolução [das espécies] encontrou para ajudar a transformar os homens em bons pais assim que eles têm filhos", disse a pesquisadora Ruth Feldman, da universidade de Bar-Ilan, em Israel.

"Estes hormônios parecem ter um papel importante na forma como os homens se relacionam com seus filhos recém-nascidos."

A pesquisa foi publicada na revista científica Hormones and Behavior.

"É possível, na medida em que o contato com o filho aumenta diariamente, em par com o crescimento das habilidades sociais do filho entre os dois e seis meses de nascimento, que os níveis de prolactina e ocitocina se reorganizem, criando novas conexões", afirma o artigo publicado na revista.

Outro experimento realizado pelos cientistas com 80 casais revelou que o aumento do hormônio ocitocina aconteceu da mesma forma em homens e mulheres.

Agora, os cientistas buscam hipóteses para descobrir o que faz os homens produzirem mais hormônios, já que eles não dão à luz nem amamentam.

Para Feldman, o simples contato dos pais com os filhos pode ser a resposta.

"Isso ressalta a importância de se dar oportunidades de interação entre pais e filhos logo após o nascimento, para desencadear as mudanças no sistema neuro-hormonal."

BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.



Autor: Marcus Renato de Carvalho - BBC News
Data: 17/8/2010

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Sucesso Cinematerna em Florianópolis



Olá,

Hoje quero contar como foi a estreia do cinematerna: um sucesso!

Compareceram 116 adultos, sendo 4 grávidas e 83 bebês. Tinha bebê dormindo, chorando, caminhando engatinhando, trocando fraldas, mamando, tudo. Foi muito legal justamente por isso, quem é mãe ( e pai- que também se fizeram presentes, até um sozinho com seu bebê) está acostumada com os sons de choro e as inquietações dos pimpolhos e não se importa com esse tumulto num cinema. Imagina se fosse uma sessão comum? Ninguém poderia levantar, ir no trocador e ficar à vontade amamentando ou ouvindo seu bebê reclamar.


A experiência para nós da equipe de voluntárias de Florianópolis - Lucíola, Luciana, Juliana (eu) e Sheila - foi sensacional, a realização de um sonho.
Lembrei da época que minha mãe levava meu irmão, 10 anos mais novo, ao cinema num espaço para filmes "cults". Eu ficava com ele para entretê-lo enquanto ela assistia aos filmes e quando precisava estava perto para amamentar. Viram como esse sonho é antigo? E como sempre foi importante para as mulheres poderem fazer um programa gostoso depois que estão com seus bebês!

Por tudo isso que acredito na proposta do Cinematerna, um jeito de voltar à vida social, conhecer outras famílias e compartilhar experiências sem precisar se separar de quem tanto precisa de colinho: o bebê!

Espero vocês em 14 de setembro para mais uma aventura no cinema, beijos!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Cinematerna estreia amanhã em Florianópolis

Boa tarde ,

Estou muito contente porque amanhã será a estreia do Cinematerna em Florianópolis.
Sou voluntária desse projeto porque acredito muito em iniciativas que valorizem e cuidem da mãe no pós-parto (aqui entendido como um longo período onde a mãe está em plena dedicação ao seu bebê).

A mãe no pós-parto tem uma mudança radical na sua vida e a adaptação é a cada dia. Os hormônios alterados, a vida diferente e agitada, as responsabilidades enormes e a vida social....que vida social ??? Então, para ajudar a volta aos prazeres da vida adulta, um cineminha com pipoca, um café com outras mães, tudo isso alivia e traz um ânimo extra para o dia a dia da nova mãe. E o melhor, podendo levar seu bebê junto.

Tenho certeza que muita gente fará amizades, voltará para casa mais leve e feliz. Depois espero publicar histórias desses encontros.

Bem, vou deixá-las com as informações do nosso primeiro filme e um grande beijo. Até amanhã!!!

Florianópolis

17/08, terça-feira, 14h
Cinemark Floripa Shopping
Filme: Quincas Berro D´Água
Floripa Shopping
Rodovia SC-401 3116
Lançamento em 17/08/2010 para convidados.
A partir de 14/09 as sessões serão mensais às terças, 14h.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Doulas no programa da Ana Maria

Vocês podem conhecer mais sobre o trabalho das Doulas no Programa da Ana Maria:
http://maisvoce.globo.com/MaisVoce/0,,MUL1612809-10345,00-MAIS+VOCE+APRESENTA+O+LINDO+TRABALHO+DAS+DOULAS.html


Está lindo e bem informativo. Tem depoimentos de mães e de doulas. Inclusive aparece a Fadynha, uma das pioneiras deste trabalho no Brasil.

Beijos.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A cólica

Bom dia mamães e papais,

O texto abaixo fala sobre a cólica do bebê, ou melhor dizendo, questiona se o bebê chora mesmo de cólicas. Sem tirar o mérito das imaturidades intestinais que existem, vale ler a opinião do Dr. González. Ele traz uma discussão sobre a necessidade de contato físico e a diminuição de choros a partir disso.Em suma, bebês não só querem o colo da mãe, como PRECISAM disso para sentirem-se bem!

PS. mamães cansadas, e com razão, peçam ajuda de colinhos voluntários.

Beijos e bom final de semana.


A cólica - Por Dr. González

Os bebês ocidentais costumam chorar bastante durante os primeiros meses, o que se conhece como cólica do lactente ou cólica do primeiro trimestre. Cólica é a contração espasmódica e dolorosa de uma víscera oca; há cólicas dos rins, da vesícula e do intestino. Como o lactente não é uma vesícula oca e o primeiro trimestre muito menos, o nome logo de cara não é muito feliz. Chamavam de cólica porque se acreditava que doía a barriga dos bebês; mas isso é impossível saber. A dor não se vê, tem de ser explicada pelo paciente. Quando perguntam a eles: “por que você está chorando?”, os bebês insistem em não responder; quando perguntam novamente anos depois, sempre dizem que não se lembram. Então ninguém sabe se está doendo a barriga, ou a cabeça, ou as costas, ou se é coceira na sola dos pés, ou se o barulho está incomodando, ou simplesmente se estão preocupados com alguma notícia que ouviram no rádio. Por isso, os livros modernos frequentemente evitam a palavra cólica e preferem chamar de choro excessivo na infância. É lógico pensar que nem todos os bebês choram pelo mesmo motivo; alguns talvez sintam dor na barriga, mas outro pode estar com fome, ou frio, ou calor, e outros (provavelmente a maioria) simplesmente precisam de colo.

Tipicamente, o choro acontece sobretudo à tarde, de seis às dez, a hora crítica. Às vezes de oito à meia-noite, às vezes de meia-noite às quatro, e alguns parecem que estão a postos vinte e quatro horas por dia. Costuma começar depois de duas ou três semanas de vida e costuma melhorar por volta dos três meses (mas nem sempre).

Quando a mãe amamenta e o bebê chora de tarde, sempre há alguma alma caridosa que diz: “Claro! De tarde seu leite acaba!”. Mas então, por que os bebês que tomam mamadeira têm cólicas? (a incidência de cólica parece ser a mesma entre os bebês amamentados e os que tomam mamadeira). Por acaso há alguma mãe que prepare uma mamadeira de 150 ml pela manhã e de tarde uma de 90 ml somente para incomodar e para fazer o bebê chorar? Claro que não! As mamadeiras são exatamente iguais, mas o bebê que de manhã dormia mais ou menos tranquilo, à tarde chora sem parar. Não é por fome.

“Então, por que minha filha passa a tarde toda pendurada no peito e por que vejo que meus peitos estão murchos?” Quando um bebê está chorando, a mãe que dá mamadeira pode fazer várias coisas: pegar no colo, embalar, cantar, fazer carinho, colocar a chupeta, dar a mamadeira, deixar chorar (não estou dizendo que seja conveniente ou recomendável deixar chorar, só digo que é uma das coisas que a mãe poderia fazer). A mãe que amamenta pode fazer todas essas coisas (incluindo dar uma mamadeira e deixar chorar), mas, além disso, pode fazer uma exclusiva: dar o peito. A maioria das mães descobrem que dar de mamar é a maneira mais fácil e rápida de acalmar o bebê (em casa chamamos o peito de anestesia), então dão de mamar várias vezes ao longo da tarde. Claro que o peito fica murcho, mas não por falta de leite, mas sim porque todo o leite está na barriga do bebê. O bebê não tem fome alguma, pelo contrário, está entupido de leite.

Se a mãe está feliz em dar de mamar o tempo todo e não sente dor no mamilo (se o bebê pede toda hora e doem os mamilos, é provável que a pega esteja errada), e se o bebê se acalma assim, não há inconveniente. Pode dar de mamar todas as vezes e todo o tempo que quiser. Pode deitar na cama e descansar enquanto o filho mama. Mas claro, se a mãe está cansada, desesperada, farta de tanto amamentar, e se o bebê está engordando bem, não há inconveniente que diga ao pai, à avó ou ao primeiro voluntário que aparecer: “pegue este bebê, leve para passear em outro cômodo ou na rua e volte daqui a duas horas”. Porque se um bebê que mama bem e engorda normalmente mama cinco vezes em duas horas e continua chorando, podemos ter razoavelmente a certeza de que não chora de fome (outra coisa seria um bebê que engorda muito pouco ou que não estava engordando nada até dois dias atrás e agora começa a se recuperar: talvez esse bebê necessite mamar muitíssimas vezes seguidas). E sim, se pedir para alguém levar o bebê para passear, aproveite para descansar e, se possível, dormir. Nada de lavar a louça ou colocar em dia a roupa para passar, pois não adiantaria nada.

Às vezes, acontece de a mãe estar desesperada por passar horas dando de mamar, colo, peito, colo e tudo de novo. Recebe seu marido como se fosse uma cavalaria: “por favor, faça algo com essa menina, pois estou ao ponto de ficar doida”. O papai pega o bebê no colo (não sem certa apreensão, devido às circunstâncias), a menina apoia a cabecinha sobre seu ombro e “plim” pega no sono. Há várias explicações possíveis para esse fenômeno. Dizem que nós homens temos os ombros mais largos, e que se pode dormir melhor neles. Como estava há duas horas dançando, é lógico que a bebê esteja bastante cansada. Talvez precisasse de uma mudança de ares, quer dizer, de colo (e muitas vezes acontece o contrário: o pai não sabe o que fazer e a mãe consegue tranquilizar o bebê em segundos).

Tenho a impressão (mas é somente uma teoria minha, não tenho nenhuma prova) de que em alguns casos o que ocorre é que o bebê também está farto de mamar. Não tem fome, mas não é capaz de repousar a cabeça sobre o ombro de sua mãe e dormir tranqüilo. É como se não conhecesse outra forma de se relacionar com sua mãe a não ser mamando. Talvez se sinta como nós quando nos oferecem nossa sobremesa favorita depois de uma opípara refeição. Não temos como recusar, mas passamos a tarde com indigestão. No colo da mamãe é uma dúvida permanente entre querer e poder; por outro lado, com papai, não há dúvida possível: não tem mamá, então é só dormir.

Minha teoria tem muitos pontos fracos, claro. Para começar, a maior parte dos bebês do mundo estão o dia todo no colo (ou carregados nas costas) de sua mãe e, em geral, descansam tranquilos e quase não choram. Mas talvez esses bebês conheçam uma outra forma de se relacionar com suas mães, sem necessidade de mamar. Em nossa cultura fazemos de tudo para deixar o bebê no berço várias horas por dia; talvez assim lhes passemos a idéia de que só podem estar com a mãe se for para mamar.

Porque o certo é que a cólica do lactente parece ser quase exclusiva da nossa cultura. Alguns a consideram uma doença da nossa civilização, a consequência de dar aos bebês menos contato físico do que necessitam. Em outras sociedades o conceito de cólica é desconhecido. Na Coreia, o Dr. Lee não encontrou nenhum caso de cólica entre 160 lactentes. Com um mês de idade, os bebês coreanos só passavam duas horas por dia sozinhos contra as dezesseis horas dos norteamericanos. Os bebês coreanos passavam o dobro do tempo no colo que os norteamericanos e suas mães atendiam praticamente sempre que choravam. As mães norteamericanas ignoravam deliberadamente o choro de seus filhos em quase a metade das vezes.

No Canadá, Hunziker e Barr demonstraram que se podia prevenir a cólica do lactente recomendando às mães que pegassem seus bebês no colo várias horas por dia. É muito boa idéia levar os bebês pendurados, como fazem a maior parte das mães do mundo. Hoje em dia é possível comprar vários modelos de carregadores de bebês nos quais ele pode ser levado confortavelmente em casa e na rua. Não corra para colocar o bebê no berço assim que ele adormecer; ele gosta de estar com a mamãe, mesmo quando está dormindo. Não espere que o bebê comece a chorar, com duas ou três semanas de vida, para pegá-lo no colo; pode acontecer de ter “passado do ponto” e nem no colo ele se acalmar. Os bebês necessitam de muito contato físico, muito colo, desde o nascimento. Não é conveniente estarem separados de sua mãe, e muito menos sozinhos em outro cômodo. Durante o dia, se o deixar dormindo um pouco em seu bercinho, é melhor que o bercinho esteja na sala; assim ambos (mãe e filho) se sentirão mais seguros e descansarão melhor.

A nossa sociedade custa muito a reconhecer que os bebês precisam de colo, contato, afeto; que precisam da mãe. É preferível qualquer outra explicação: a imaturidade do intestino, o sistema nervoso... Prefere-se pensar que o bebê está doente, que precisa de remédios. Há algumas décadas, as farmácias espanholas vendiam medicamentos para cólicas que continham barbitúricos (se fazia efeito, claro, o bebê caía duro). Outros preferem as ervas e chás, os remédios homeopáticos, as massagens. Todos os tratamentos de que tenho notícia têm algo em comum: tem de tocar no bebê para dá-lo. O bebê está no berço chorando; a mãe o pega no colo, dá camomila e o bebê se cala. Teria seacalmado mesmo sem camomila, com o peito, ou somente com o colo. Se, ao contrário, inventassem um aparelho eletrônico para administrar camomila, ativado pelo som do choro do bebê, uma microcâmera que filmasse o berço, um administrador que identificasse a boca aberta e controlasse uma seringa que lançasse um jato de camomila direto na boca... Acredita que o bebê se acalmaria desse modo? Não é a camomila, não é o remédio homeopático! É o colo da mãe que cura a cólica.

Taubman, um pediatra americano, demonstrou que umas simples instruções para a mãe (tabela 1) faziam desaparecer a cólica em menos de duas semanas. Os bebês cujas mães os atendiam, passaram de uma média de 2,6 horas ao dia de choro para somente 0,8 horas. Enquanto isso, os do grupo de controle, que eram deixados chorando, choravam cada vez mais: de 3,1 horas passaram a 3,8 horas. Quer dizer, os bebês não choram por gosto, mas porque alguma coisa está acontecendo. Se são deixados chorando, choram mais, se tentam consolá-los, choram menos (uma coisa tão lógica! Por que tanta gente se esforça em nos fazer acreditar justo no contrário?).

Tabela 1 – Instruções para tratar a cólica, segundo Taubman (Pediatrics 1984;74:998)
1- Tente não deixar nunca o bebê chorando.
2- Para descobrir por que seu filho está chorando, tenha em conta as seguintes possibilidades:
a- O bebê tem fome e quer mamar.
b- O bebê quer sugar, mesmo sem fome.
c- O bebê quer colo.
d- O bebê está entediado e quer distração.
e- O bebê está cansado e quer dormir.
3- Se continuar chorando durante mais de cinco minutos com uma opção, tente com outra.
4- Decida você mesma em qual ordem testará as opções anteriores.
5- Não tenha medo de superalimentar seu filho. Isso não vai acontecer.
6- Não tenha medo de estragar seu filho. Isso também não vai acontecer.

No grupo de controle, as instruções eram: quando o bebê chorar e você não souber o que está acontecendo, deixe-o no berço e saia do quarto. Se após vinte minutos ele continuar chorando, torne a entrar, verifique (um minuto) que não há nada, e volte a sair do quarto. Se após vinte minutos ele continuar chorando etc. Se após três horas ele continuar chorando, alimente-o e recomece.

As duas últimas instruções do Dr. Taubman me parecem especialmente importantes: é impossível superalimentar um bebê por oferecer-lhe muita comida (que o digam as mães que tentam enfiar a papinha em um bebê que não quer comer); e é impossível estragar um bebê dando-lhe muita atenção. Estragar significa prejudicá-lo. Estragar uma criança é bater nela, insultá-la, ridicularizá-la, ignorar seu choro. Contrariamente, dar atenção, dar colo, acariciá-la, consolá-la, falar com ela, beijá-la, sorrir para ela são e sempre foram uma maneira de criá-la bem, não de estragá-la.

Não existe nenhuma doença mental causada por um excesso de colo, de carinho, de afagos... Não há ninguém na prisão, ou no hospício, porque recebeu colo demais , ou porque cantaram canções de ninar demais para ele, ou porque os pais deixaram que dormisse com eles. Por outro lado, há, sim, pessoas na prisão ou no hospício porque não tiveram pais, ou porque foram maltratados, abandonados ou desprezados pelos pais. E, contudo, a prevenção dessa doença mental imaginária, o estrago infantil crônico , parece ser a maior preocupação de nossa sociedade. E se não, amiga leitora, relembre e compare: quantas pessoas, desde que você ficou grávida, avisaram da importância de colocar protetores de tomada, de guardar em lugar seguro os produtos tóxicos, de usar uma cadeirinha de segurança no carro ou de vacinar seu filho contra o tétano? Quantas pessoas, por outro lado, avisaram para você não dar muito colo, não colocar para dormir na sua cama, não acostumar mal o bebê?
(grifo meu)
Lee K. The crying pattern of Korean infants and related factors. Dev Med Child Neurol. 1994; 36:601-7
Hunziker UA, Barr RG. Increased carrying reduces infant crying: a randomized controlled trial. Pediatrics 1986;77:641-8
Taubnan B. Clinical trial of treatment of colic by modification of parent-infant interaction. Pediatrics 1984;74:998-1003

Do livro Un regalo para toda la vida- Guía de la lactancia materna,Carlos González

Tradução: Fernanda Mainier
Revisão: Luciana Freitas

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Cartilha da amiga no pós-parto

Boa noite,

Queria propor uma brincadeira, uma cartilha da amiga que visita uma mãe (principalmente de primeira viagem) no pós-parto. Quem já teve filhos sabe que é um período de mudanças na rotina, no sono, na relação com o marido, com os familiares, sem contar na montanha-russa hormonal (como uma TPM). Acrescente a isso uma pitada de cansaço, de atrasos nas refeições (sem falar no banho) e as novas emoções de descobrir como um bebê "funciona".

Bem, mas eu queria falar das amigas. As amigas, e amigos também, mais os parentes, todos estão felizes e querem conhecer o bebê. Por um lado isso é muito legal, nada como mostrar um filho, é um orgulho e uma alegria. PORÉM, tem hora pra tudo, não é? Será que a melhor hora de visitar a nova família é na maternidade? E dias depois que o bebê nasceu?

Muitas mães querem logo receber visitas, conversar com outras mães, compartilhar seu momento. Mas nem todas estão com vontade e isso não é nada pessoal. Algumas , pra não dizer muitas, querem um tempo para se adaptarem ao bebê, a aprenderem a amamentar, a descansar enquanto o filho dorme (e não conversar), a tomar banho, a se alimentar ( o tempo entre uma mamada e outra é curto).

Então, pensando nas mães no pós-parto, lá vai algumas sugestões:

1- Telefone para sua amiga, mande cartão, flores, mas primeiro se informe se ela está disposta a receber visita e POR FAVOR, entenda se a resposta for "não". Pergunte quando é mais adequado para isso, muitas mães preferem receber visitas depois do 1º mês.

2- Se for visitar que seja para ajudar. Visita de pós-parto não é para "esquentar a cadeira" , nada de fazer lanchinhos e refeições. Imagine o trabalho que a família já tem, dia e noite.
Aqui me lembro de uma amiga que veio me visitar no meu segundo pós-parto e trouxe um bolo delicioso. Foi um ato não só de gentileza, mas de compreensão, de saber que eu não estava em condições de oferecer nada e sim de receber.

3- Como ajudar: se oferecer para comprar suprimentos no supermercado, de levar algo que faltou para o bebê (fraldas etc), lavar a louça, se a mãe tiver mais filhos - ajudar com as crianças, perguntar se precisa carona para ir no médico/posto de saúde.

4- Se você ligar e sua amiga não puder atender, não espere que ela ligue de volta. Além da falta de tempo, a memória está diferente, a concentração é no bebê e por isso é comum o esquecimento de compromissos. Ligue de novo! Às vezes ela pode estar precisando de uma amiga para conversar.


Por enquanto são essas dicas que deixo por aqui. Quem estiver passando pelo pós-parto ou já passou, escreva suas dicas também. Pode ser nos comentários ou pelo e-mail:apoiomaterno@gmail.com

Um beijo grande!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Artigo sobre doula pós-parto no site Amigas do Parto

Olá,

Recentemente escrevi um artigo sobre o papel da doula pós-parto baseado na experiência do puerpéreo da atriz Brooke Shields. Ela escreveu um livro: Do parto à dor, onde relata as dificuldades para engravidar (que foi por fertilização), o parto e a depressão que teve em seguida. O livro é muito interessante e sincero, conta a tristeza e os problemas que teve, as inseguranças e a demora em admitir que estava precisando de ajuda.

Aproveitei a história para me inspirar em escrever como uma doula pós-parto pode ajudar em vários momentos, desde amamentação, a elaboração do parto, a ensinar a mãe sobre os cuidados do bebê e a confiar em si mesma e ,principalmente, aproximar a relação mãe-bebê.

Fiquei muito contente que o mesmo foi publicado no site das Amigas do Parto. Quem desejar ler o artigo, poderá encontrá-lo: www.amigasdoparto.org.br

Beijos!

Declaração Universal de Direitos do Recém-nascido Prematuro

Olá,

Hoje recebi um e-mail da lista de amamentação da qual faço parte, era sobre os direitos dos prematuros. O médico André Bressan de Santos -SP, criou um blog para divulgar esses direitos e encontrar mais profissionais e familiares que conhecem e se envolvam com a causa.

Abaixo vocês poderão encontrar a introdução, retirada do referido blog e para conhecer a declaração na íntegra, é só acessar: http://novosdireitosdoprematuro.blogspot.com

Lá vocês poderão assinar a campanha pelos direitos do prematuro e também copiar este material para divulgação em outros sites.

Grande abraço!


A Declaração
UMA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DE DIREITOS DO
RECÉM-NASCIDO PREMATURO
Dr. Luiz Alberto Tavares Mussa

Apresentação
"E então minha criança linda, quero te dar o que trago na minha alma... Acolhe em ti, agora, com muita força e calor, aquilo em que me transformo para ti...: num arco-íris de amor." - Roberto Shinyashiki.

Um amor sem limites e uma entrega total dia e noite, com o corpo e a alma. Será o compromisso que deslumbrará o mundo. Mãe e filho estarão cobertos por um firmamento resplandeccente de suas luzes. Serão, talvez, imunes à chuva; poderão afundar numa nascente cristalina e perceber não mais que a vibração sonora de suas águas.

O fogo não os queimará, mas consiguirá transferir o calor de que o bebê necessita para que sua vda se encha cada vez mais de ansias de viver.

As harmonias serão todas doces que não deixarão de se olhar nem de se admirar. O amor desse ventre continuará acolhendo-o, porque a espera não foi em vão. A canção de ninar será como nos meses de espera, e, assim, as pulsações serguirão sincornizando-se para que esse formoso fruto venha a encontrar a mesma calma com que tranquilamente descansava enquanto crescia.

Acaso poderemos imaginar o mundo de magias e encantamento que se estabelece quando a mãe consegue, pela primeira vez, acariciar seu filho com suas mãos, quando o ergue e o aperta cotra seu peito e o coloca entre seus seios? Esses seios que o alimentarão com o leite da bondade humana na relação mais sincera, no maior ato de amor quando não existirá compromisso para lhe dar o alimento que fará eco e todo o seu ser, e, em troca, ele a olhará com o terno e sublime carinho. O pagamento será a beleza de sua presença e, assim, fazê-la feliz para o resto da sua existência.

Além disso, o peso não importará, somente a condição clínica dará a medida da felicidade que uma mãe sentirá quando consiga ter o filho em seus braços.

Abençoaremos o Dr. Luis Mussa Tavares por ter escrito Os Direitos Universais do Prematuro. Tal como aqui, nascem os iniludíveis deveres para que não se separem mãe e filho sob nenhuma justificativa.

Cabe à mãe mostrar o mundo a seu filho, e a idéia de família será sinalizada para ele, que a entenderá como algo que se constitui de laços sagrados.

Para o bebê prematuro, a Metodologia Mãe-Canguru necessita tão-somente do ser mais importante para ele: sua própria mãe.

Os direitos dos bebês prematuros são nossos próprios deveres. Inclinemo-nos diante da majestade desse ser pequenino e vamos protegê-lo, pois a beleza de seu futuro é nosso compromisso.

Héctor Martinez, neonatologista colombiano e "pai" do Método Máe-Canguru.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Amamentação e doenças maternas:esclarecimentos


Olá,

Na Revista CLAUDIA BEBÊ, edição 5858 – julho 2010, saiu uma reportagem bem esclarecedora sobre amamentação e doenças maternas. Para saber mais, pesquisem no site www.aleitamento.com , com informações do Dr. Marcus Carvalho.

Boa semana!


REPORTAGEM esclarece que a AMAMENTAÇÃO pode continuar em muitos casos.


Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, as situações descritas abaixo não constituem nenhum impedimento ao aleitamento materno.

Nutriz (ou lactante) com:

Infecções agudas comuns como constipações, gripes, diarréias

Hepatite A. Não se transmite através do leite materno, e se a mãe teve infecção é administrado ao bebê a vacina e a imunoglobulina

Hepatite B. Em caso de infecção da mãe, são atualmente administradas nas primeiras 24 horas de vida a imunoglobulina anti hepatite B e a 1ª dose de vacina, o que torna praticamente nulo o risco de infecção

Hepatite C

Outras infecções: malária, toxoplasmose, citomegalovirus, Doença de Chagas...

Diabetes Mellitus

Mastite

Mamilo plano ou invertido

Menstruação, nova gravidez

Implante mamário de silicone

Tratamento com metadona, seja qual for a quantidade, uma vez que a proporção que passa para o leite materno é pequena e já foi demonstrado que estes bebês se beneficiam com o aleitamento materno

Tabaco, álcool...

Consultoria da reportagem:
Prof. Marcus Renato de Carvalho, UFRJ, IBCLC, www.aleitamento.com

Autor: Janette Bacal para a Revista Claudia + Marcus Renato de Carvalho
Data: 16/7/2010

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Programação CineMaterna

Olá mamães e seus bebês (papais também podem),

Abaixo está a programação das sessões de cinema. Bom filme!

Brasília

20/07, terça-feira, 14h
Cinemark Pier 21
Filme: Shrek para Sempre (2D, dublado)
S.C.E. Sul, Trecho 2 - 1º Pavimento
O bate-papo após a sessão acontece no Café do Ponto.
Sessões quinzenais às terças, 14h.


Campinas

17/07, sábado, 11h
Cinemark Iguatemi Campinas
Filme: Shrek para Sempre (2D, dublado)
Shopping Iguatemi Campinas
Av. Iguatemi 777
O bate-papo após a sessão acontece no Havanna Café, no primeiro piso (somente nas sessões às terças).
Sessões quinzenais às terças, 14h e mensais aos sábados, 11h.
Estacionamento nas sessões CineMaterna abonado pelo shopping. Trocar o ticket com uma coordenadora CineMaterna após a compra do ingresso.


20/07, terça-feira, 14h
Cinemark Iguatemi Campinas
Filme: Shrek para Sempre (2D, dublado)
Shopping Iguatemi Campinas
Av. Iguatemi 777
O bate-papo após a sessão acontece no Havanna Café, no primeiro piso (somente nas sessões às terças).
Sessões quinzenais às terças, 14h e mensais aos sábados, 11h.
Estacionamento nas sessões CineMaterna abonado pelo shopping. Trocar o ticket com uma coordenadora CineMaterna após a compra do ingresso.


Curitiba

22/07, quinta-feira, 14h
Espaço Unibanco Crystal
Filme: Shrek para Sempre (2D, dublado)
Shopping Crystal
Rua Comendador Araújo 731
O bate-papo após a sessão acontece no Café da Esquina, em frente ao cinema.
Sessões quinzenais às quintas, 14h.


Porto Alegre

17/07, sábado, 11h
Unibanco Arteplex Bourbon Country
Filme: Shrek Para Sempre (3D*, dublado)
Shopping Bourbon Country
Rua Túlio de Rose 80, 2º piso
O bate-papo após a sessão acontece no café do próprio cinema (apenas às quintas).
Sessões quinzenais às quintas, 14h e mensais aos sábados, 11h.


22/07, quinta-feira, 14h
Unibanco Arteplex Bourbon Country
Filme: Toy Story 3 (2D, dublado)
Shopping Bourbon Country
Rua Túlio de Rose 80, 2º piso
O bate-papo após a sessão acontece no café do próprio cinema (apenas às quintas).
Sessões quinzenais às quintas, 14h e mensais aos sábados, 11h.


Recife

22/07, quinta-feira, 14h
UCI Shopping Recife
Filme: Toy Story 3 (2D, dublado)
Shopping Recife
Av Padre Carapuceiro 777
O bate-papo após a sessão acontece no Delta Expresso, logo abaixo da escada rolante que dá acesso ao cinema (entrada C).
Sessões mensais às quintas, 13h30.


Rio de Janeiro

17/07, sábado, 11h
Unibanco Arteplex Botafogo
Filme: Shrek Para Sempre (3D*, dublado)
Praia de Botafogo 316
O bate-papo após a sessão acontece no bistrô do próprio cinema (somente às quintas).
Sessões quinzenais às quintas às 14h e mensais aos sábados às 11h.


22/07, quinta-feira, 14h
Unibanco Arteplex Botafogo
Filme: Eclipse (legendado)
Praia de Botafogo 316
O bate-papo após a sessão acontece no bistrô do próprio cinema (somente às quintas).
Sessões quinzenais às quintas às 14h e mensais aos sábados às 11h.


São Paulo


17/07, sábado, 11h
Frei Caneca Unibanco Arteplex
Filme: Shrek Para Sempre (3D*, dublado)
Shopping Frei Caneca
Rua Frei Caneca 569, 3.º piso
O bate-papo após a sessão acontece no café do próprio cinema (somente às terças).
Sessões quinzenais às terças, 14h e mensais aos sábados, 11h.


20/07, terça-feira, 14h
Frei Caneca Unibanco Arteplex
Filme: O Golpista do Ano
Shopping Frei Caneca
Rua Frei Caneca 569, 3.º piso
O bate-papo após a sessão acontece no café do próprio cinema (somente às terças).
Sessões quinzenais às terças, 14h e mensais aos sábados, 11h.


22/07, quinta-feira, 14h
Cinemark Market Place
Filme: Toy Story 3 (2D, dublado)
Shopping Market Place
Av. Dr. Chucri Zaidan 920
O bate-papo após a sessão acontece no Vipiteno Café, no mesmo piso do cinema.
Sessões quinzenais às quintas, 14h.